As obras na Roberto Rocca estão em andamento: as aulas das primeiras turmas de Eletromecânica e Mecatrônica começam em fevereiro — Foto: Gabriel de Paiva/Agência O Globo
GERADO EM: 02/01/2025 - 18:15
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Ter acesso a uma escola com laboratórios,estrutura ampla e aprendizado direcionado é o sonho da grande maioria dos jovens. É um desejo,porém,que pode esbarrar em questões como a financeira,caso a alternativa seja o ensino privado. Mas num dos extremos da Zona Oeste do Rio,onde ficam algumas das áreas mais pobres da cidade,2025 trará novidade a quem almeja essa oportunidade. A Ternium,indústria voltada para a produção de placas de aço,constrói em Santa Cruz,onde a empresa está localizada,a Escola Técnica Roberto Rocca,que receberá 576 alunos com bolsas de estudo de até 100%.
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As vagas serão destinadas exclusivamente para moradores do bairro ou do entorno,e as primeiras turmas já começam no próximo mês de fevereiro. Com investimentos totais de R$ 260 milhões e cursos de Eletromecânica e Mecatrônica,o objetivo da escola é promover o desenvolvimento local,além de integrar a comunidade com a indústria. Segundo Fernanda Candeiras,diretora Institucional e de Relações com a Comunidade da Ternium Brasil,a unidade,apesar de particular,não terá fins lucrativos:
— Nós queremos trazer o olhar das pessoas para a região,contando a história de Santa Cruz. Já tínhamos duas escolas com esse modelo,uma na Argentina e outra no México. Então,contratamos a Fundação Getulio Vargas para avaliar a situação de Santa Cruz e a importância de trazermos a iniciativa para cá.
Simulação mostra como serão os corredores do colégio — Foto: Reprodução
Fernanda afirma que,na Roberto Rocca,o ensino técnico será conjugado com tecnologia de última geração,método pedagógico inovador e projeto arquitetônico diferenciado. Todos os alunos serão contemplados com bolsas,com percentual de desconto variando de acordo com as condições socioeconômicas de cada estudante. Para ingressar nos cursos,no entanto,o diretor da escola,Júlio Egreja,ressalta que os estudantes terão que passar por uma rigorosa avaliação.
— Iniciamos o processo com uma pré-seleção e realizamos um curso que dura cerca de três meses,que é obrigatório para quem quer tentar uma vaga. Depois disso,os estudantes farão avaliações de Português e Matemática,entrevistas e passarão por um critério socioeconômico — diz ele.
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Fernanda,por sua vez,destaca que,embora o curso prévio não seja uma formação longa,é essencial para nivelar os alunos e oferecer uma oportunidade para que esses jovens consigam aumentar o seu repertório de aprendizado.
— As seleções ocorrerão sempre no primeiro ano do ensino médio — explica ela,ao lembrar que os alunos que começam as aulas em fevereiro foram escolhidos ao longo deste ano de 2024. — Quando aprovados,os estudantes recebem toda a assistência necessária,como um notebook,uniforme e auxílio para transporte — acrescenta.
Com uma estrutura de quase nove mil metros quadrados,a Escola Técnica Roberto Rocca vai contar com 17 laboratórios,auditório com mais de 400 lugares,refeitório e áreas para prática esportiva. A ideia é que,além de funcionar como instituição de ensino,o espaço possa ser aberto a atividades culturais para os moradores.
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— Esta é uma área que não tem cinema,não tem teatro... Sendo assim,queremos que a escola seja um polo para a região e que o ginásio seja aberto para atividades de esporte e torneios. O nosso auditório também deverá ser usado para receber espetáculos e outras atividades culturais — diz Fernanda.
Segundo ela,a ideia é que a escola também ajude a formar mão de obra para as empresas da região,onde fica o Distrito Industrial de Santa Cruz e que,nos próximos anos,deve abrigar o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde. Das três escolas da rede Roberto Rocca (nome do fundador da empresa),a brasileira será a com maior quantidade de alunos.