Menino olha para a cidade de Medellín de uma favela nos arredores da cidade colombiana — Foto: JOAQUIN SARMIENTO / AFP
GERADO EM: 04/11/2024 - 18:45
O Irineu é a iniciativa do GLOBO para oferecer aplicações de inteligência artificial aos leitores. Toda a produção de conteúdo com o uso do Irineu é supervisionada por jornalistas.
CLIQUE E LEIA AQUI O RESUMO
O antropólogo colombiano Santiago Uribe,idealizador do Projeto Medellín,participa nesta terça-feira de uma palestra promovida pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio de Janeiro (CAU/RJ),no Morro da Providência. O objetivo do encontro é discutir e propor soluções para as favelas cariocas,inspiradas na bem-sucedida transformação urbana de Medellín,que passou de uma das cidades mais perigosas do mundo a um modelo de urbanismo social reconhecido globalmente.
O evento,que conta com a parceria da Associação de Moradores do Morro da Providência e do projeto Arquitetos da Favela,é oportunidade para a comunidade e interessados no tema conhecer as experiências do antropólogo,que compartilha como intervenções arquitetônicas e sociais podem melhorar a qualidade de vida em áreas periféricas.
Uribe destaca a importância do diálogo com os moradores no planejamento urbano,afirmando que “a transformação social passa pela mudança das favelas,incluindo o diálogo com os moradores”. Segundo ele,a experiência de Medellín pode servir como um exemplo valioso para o Rio de Janeiro,ao fomentar um modelo de urbanismo que promova a inclusão e o desenvolvimento social.
A palestra,que começa às 9 horas,vai abordar a drástica redução dos índices de homicídio na cidade colombiana e os avanços em qualidade de vida,evidenciando o papel crucial do urbanismo social na revitalização de áreas marginalizadas. Uribe enfatiza que,através da colaboração entre comunidade,universidades e setor privado,é possível desenhar novas intervenções urbanas que beneficiem todos os cidadãos.
O presidente do CAU/RJ,Sydnei Menezes,reforça a relevância da presença de Uribe,destacando que sua experiência pode oferecer uma visão coletiva que inclui os moradores de favelas no planejamento urbano.
- É de uma importância enorme trazer essa visão inovadora para o nosso contexto - afirma.
A vice-presidente do CAU/RJ,Michelle Beatrice,complementa,ressaltando a necessidade de fortalecer laços entre a comunidade e experiências externas:
- Queremos que cada voz seja ouvida e respeitada,criando uma ponte que enriqueça a todos.
O evento é gratuito e aberto ao público.