A greve foi iniciada pelos trabalhadores da rede da madrugada às 22h00 de quarta-feira,enquanto para os restantes trabalhadores de tráfego terá início às 3h00 de hoje.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP),afeto à Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS),os setores fixos estão em greve entre as 00:00 e as 23:59 desta quinta-feira.
O sindicato sublinha que estão abrangidos pelo pré-aviso de greve todos os trabalhadores que iniciem o seu período de trabalho antes das 00:00 de quinta-feira,ou que o seu maior período de trabalho corresponda a esta data.
"Entram em greve no início do seu dia de trabalho e até ao final. Também estão abrangidos os trabalhadores que terminem o seu dia de trabalho após as 24:00 deste dia",esclarece o STRUP,em comunicado.
A estrutura sindical adianta que o Tribunal Arbitral decretou serviços mínimos para a greve,considerando como necessários,nomeadamente,o funcionamento do transporte exclusivo de deficientes,do pronto-socorro e do posto médico.
Segundo o STRUP,o Tribunal Arbitral não acolheu a proposta da empresa,que pretendia "serviços máximos",com a circulação de autocarros.
No último plenário,em 19 de junho,os trabalhadores consideraram ser "inadmissível que o Conselho de Administração (CA) da Carris continue sem dar resposta às reivindicações constantes",apesar do "resultado líquido da empresa de 9,5 milhões de euros" assumido pela empresa no relatório e contas de 2023.
Entre as reivindicações,os trabalhadores exigem um aumento de 100 euros na tabela salarial,aumento do valor do subsídio de alimentação,evolução para as 35 horas semanais,com a inclusão do tempo de deslocação de e para os locais de rendição,e passe para a Área Metropolitana de Lisboa.
Segundo o STRUP,estas reivindicações "são essenciais não só para a melhoria das condições de vida dos trabalhadores,mas também para a criação das condições para a fixação dos trabalhadores necessários ao serviço público prestado pela empresa e para criar as condições de atratividade para novas admissões".
O STRUP apela a que os trabalhadores se juntem na estação da Pontinha,pelas 10:30,para decidir "forma de continuação de luta",caso o Conselho de Administração da empresa "não aparecer na reunião marcada para o dia 23 de julho,às 15h00,com uma atitude de vir de encontro às reivindicações centrais deste processo de luta."
No último plenário,o STRUP ficou mandatado a continuar o processo de luta com uma greve às duas primeiras horas e às últimas duas horas do horário de trabalho diário,na semana de 15 a 19 de julho.